quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Falta de mão de obra é risco para setor de construção

Apesar do recorde de lançamentos e vendas, principal entrave do setor ainda é a escassez de força de trabalho

Reuters

SÃO PAULO - O aquecimento da economia doméstica, que fez a indústria imobiliária saltar e recuperar anos de atraso, fez o próprio setor de construção civil de vítima.


De um lado, o setor comemora números recordes de vendas e lançamentos, volumes robustos de crédito imobiliário sendo liberados e programas habitacionais para garantir à parcela menos favorecida da população a possibilidade de ter uma casa própria.

Em sentido oposto, a indústria da construção sofre as consequências do forte ritmo de produção resultando em escassez de terrenos e, consequentemente, pressão nos preços dos imóveis, além de receios de possível esgotamento dos recursos da poupança para financiar a habitação em cerca de dois ou três anos.
 
O ponto mais crítico, contudo, gira em torno da falta de mão de obra qualificada, apontada por representantes do ramo imobiliário como principal entrave ao desenvolvimento do setor.

As ousadas metas de lançamentos traçadas pelas principais construtoras do país, somadas a obras simultâneas do programa "Minha Casa, Minha Vida", do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016, tornam o cenário ainda mais preocupante.

"A mão de obra será o gargalo da economia nacional em um futuro próximo, não só na construção, mas para a economia como um todo... E essa questão não se resolve no curto prazo", disse o presidente do Sindicato da Construção (SindusCon-SP), Sergio Watanabe.

Apesar de crítica, a situação do emprego na construção vem avançando e acompanha os baixos níveis apurados pelo IBGE para o mercado de trabalho nacional. Em agosto, a taxa de desocupados no país era de apenas 6,7%.

No caso da construção civil foram criados 1,1 milhão de postos de trabalho nos últimos cinco anos, crescimento de 1% ao mês, resultando em um estoque da ordem de 2,75 milhões de profissionais com carteira assinada, segundo dados do SindusCon e da Fundação Getulio Vargas (FGV).

"Ainda assim, a produtividade do setor diminuiu nos últimos cinco anos", afirmou Watanabe.

Embora o setor registre grande falta de engenheiros e profissionais de área técnica, a queda na produtividade é decorrente de problemas na base, nos canteiros de obras.

Entre os profissionais mais demandados estão pedreiros, carpinteiros, eletricistas e, mais recentemente, bloqueiros, fundamentais para construções de moradias populares.

Para o professor da FGV Fernando Garcia, o fato de a indústria e do comércio oferecerem possibilidade de carreira mais competitivas indica um cenário ainda mais preocupante no longo prazo, exigindo do setor de construção meios de torná-lo mais atrativo.

"Nos próximos 12 anos teremos uma situação preocupante. A tendência é que nesse ciclo de crescimento com os eventos da Copa do Mundo, Olimpíadas e pré-sal, a demanda por de mão de obra aumente ainda mais", comentou.

Risco de execução

Sob a perspectiva traçada, as principais empresas do setor imobiliário podem encontrar pela frente um risco de execução para cumprir as metas de lançamentos previstas para os próximos anos, na visão de analistas que as acompanham.

Se consideradas as duas maiores construtoras e incorporadoras do país, PDG Realty e Cyrela Brazil Realty, a previsão de lançamentos de imóveis deve avançar de R$ 15,2 bilhões  este ano para mais de R$ 18 bilhões em 2011.

"O risco de execução é a principal variável que tem de ser acompanhada no setor, para entregar obras no prazo e com qualidade. É uma restrição que o setor sempre vai ter", disse o analista David Lawant, do Itaú.

Com o objetivo de se munir contra esse risco, as principais construtoras e incorporadoras do país passaram a buscar mão de obra em diferentes Estados e vêm investindo em treinamento.

Mas, segundo agentes de mercado, a diversidade de atuação é que pode fazer a diferença. Nesse sentido, companhias expostas a plataformas mais diversificadas, tanto em termos de renda quanto de distribuição geográfica, ganham destaque.

"Quanto mais diversificada e integrada a empresa, melhor. Se atuar em todos segmentos e tiver menos banco de terrenos concentrado, é mais fácil passar por esse tipo de crise", ressaltou o analista Eduardo Silveira, da Fator, que destaca Gafisa e Rossi Residencial como as mais bem posicionadas em diversificação.
  

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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

FGV: inflação na construção civil atinge 0,20% no mês

FGV: inflação na construção civil atinge 0,20% no mês




O Índice Nacional de Custo da Construção - Mercado (INCC-M), que mede a inflação na construção civil, registrou alta de 0,20% em setembro, abaixo do resultado de agosto, quando avançou 0,22%.


Até setembro, o INCC-M acumula altas de 6,40% no ano e de 6,94% em 12 meses, segundo informou nesta segunda-feira (27) a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O índice representa 10% do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M).

Ao detalhar o desempenho do índice em setembro, a FGV informou que os preços de materiais, equipamentos e serviços subiram 0 35% este mês. Em agosto, a inflação deste segmento havia sido mais intensa, de 0,38%. Os preços de mão de obra subiram 0,04% este mês, após registrarem alta de 0,06% em agosto.

Tijolo/telha cerânica teve elevação expressiva

Entre os produtos pesquisados para cálculo do indicador, a FGV informou que as mais expressivas elevações de preço na construção civil foram apuradas em tijolo/telha cerâmica (1,52%) condutores elétricos (4,06%) e tubos e conexões de PVC (2,33%). Já as mais expressivas quedas de preço foram apuradas em vergalhões e arames de aço ao carbono (recuo de 0,76%), tinta a base de PVA (queda de 2,10%) e massa corrida para parede - PVA (baixa de 0,87%).

O desempenho do INCC-M é informado isoladamente, antes da divulgação do IGP-M de cada mês. O IGP-M de setembro deve ser anunciado na próxima quarta-feira. Em seu informe, a FGV informa que o INCC-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência, assim como o IGP-M.

Agência Estado - 27/09/2010 - 09:50
 
 

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Planejamento urbano e sustentabilidade são tema de fórum nesta terça-feira

Planejamento urbano e sustentabilidade são tema de fórum nesta terça-feira


O arquiteto Brandon Haw mostrará terça-feira, 21/9, sua experiência no projeto de construção de Masdar City, que promete ser a primeira cidade com emissão zero de carbono, e debaterá soluções para a cidade de São Paulo, ao lado de Valério Gomes Neto, do empreendimento sustentável brasileiro cidade Pedra Branca, em Palhoça/SC



Na próxima terça-feira, 21, acontece o Fórum Urbanístico Internacional do Secovi-SP (Sindicato da Habitação) e um dos painéis contará com a participação de Brandon Haw. Arquiteto e urbanista, Haw é sócio do escritório de arquitetura britânico Foster Partners, responsável pelo projeto de Masdar City, nos Emirados Árabes. A promessa é que esta será a primeira cidade do mundo com emissão zero de carbono.

No painel, que acontece na sede do Secovi-SP, em São Paulo, Haw também debaterá ideias com o objetivo de traçar soluções urbanísticas para a Capital com o intuito de tornar a metrópole mais sustentável. “São Paulo é uma cidade incrível. Um organismo enorme que precisa de grande parcela de concentração se não quiser sair totalmente fora de controle. Acredito que a cidade está fazendo um ótimo trabalho em reconhecer suas necessidades futuras, mas ainda há muito o que fazer”, afirma o especialista. “Em particular, é essencial que o correto equilíbrio seja atingido entre as necessidades dos setores privado e público legislativo, o equilíbrio entre a boa governança da cidade, responsabilidades cívica e social e do papel que a iniciativa privada tem a desempenhar para garantir que estes objetivos sejam satisfeitos.”

Pedra Branca, bairro sustentável em Palhoça/SC

Valério Gomes Neto, presidente da Pedra Branca Ltda, dividirá o palco com Brandon Haw e falará sobre o bairro sustentável Cidade Pedra Branca, que está sendo construído em Palhoça, Santa Catarina, e abrigará cerca de 30 mil pessoas nos próximos 15 anos. Princípios do Urbanismo Sustentável começaram a ser implementados a partir de 2005, quando foi iniciada a segunda fase do empreendimento.

O bairro fugirá do conceito dos condomínios fechados, criando uma comunidade que privilegia o pedestre e a preservação do meio ambiente local. Todas as atividades culturais, comerciais e de lazer estarão ligadas por ruas que privilegiam os moradores. O objetivo é garantir o convívio junto à natureza sem abrir mão das amenidades urbanas.

Hoje a Pedra Branca conta com cerca de 4 mil moradores, 700 casas e seis prédios. Abriga ainda a Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) e um tecnopark com cerca de 70 indústrias de pequeno e médio porte.



Fonte: http://www.portalvgv.com.br/

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No ano, índice acumula alta de 7,76%.

http://g1.globo.com/economia-e-negocios/noticia/2010/09/inflacao-do-aluguel-tem-aceleracao-na-2-previa-do-mes-diz-fgv.html

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Mercado Imobiliário- Notícias

Brasil irá demandar 30 milhões de moradias nos próximos 12 anos, diz FGV


InfoMoney, Karla Santana Mamona



Nos próximos 12 anos, o Brasil irá demandar 30 milhões de moradias. A estimativa foi feita pelo professor da FGV (Fundação Getúlio Vargas), Fernando Garcia.


quarta-feira, 8 de setembro de 2010

INDICES DE REAJUSTE DE ALUGUEL- ATUALIZADO

TABELA ATUALIZADA DOS PRICIPÁIS ÍNDICES DE REAJUSTE DE ALUGUEL


IGP-DI (FGV)

Data Índice Percentual Período

Mai/2010 1,0295 2,95% de 05/2009 a 04/2010
Jun/2010 1,0438 4,38% de 06/2009 a 05/2010
Jul/2010 1,0507 5,07% de 07/2009 a 06/2010
Ago/2010 1,0598 5,98% de 08/2009 a 07/2010



IGP-M (FGV)

Data Índice Percentual Período

Jun/2010 1,0419 4,19% de 06/2009 a 05/2010
Jul/2010 1,0518 5,18% de 07/2009 a 06/2010
Ago/2010 1,0579 5,79% de 08/2009 a 07/2010
Set/2010 1,0699 6,99% de 09/2009 a 08/2010



IPC (FIPE)

Data Índice Percentual Período

Jun/2010 1,0495 4,95% de 06/2009 a 05/2010
Jul/2010 1,0486 4,86% de 07/2009 a 06/2010
Ago/2010 1,0469 4,69% de 08/2009 a 07/2010
Set/2010 1,0437 4,37% de 09/2009 a 08/2010



IPCA (IBGE)

Data Índice Percentual Período

Mai/2010 1,0526 5,26% de 05/2009 a 04/2010
Jun/2010 1,0522 5,22% de 06/2009 a 05/2010
Jul/2010 1,0484 4,84% de 07/2009 a 06/2010
Ago/2010 1,0460 4,60% de 08/2009 a 07/2010



INPC (IBGE)

Data Índice Percentual Período

Mai/2010 1,0549 5,49% de 05/2009 a 04/2010
Jun/2010 1,0531 5,31% de 06/2009 a 05/2010
Jul/2010 1,0476 4,76% de 07/2009 a 06/2010
Ago/2010 1,0444 4,44% de 08/2009 a 07/2010



ICV (Dieese)
Data Índice Percentual Período

Mai/2010 1,0568 5,68% de 05/2009 a 04/2010
Jun/2010 1,0560 5,60% de 06/2009 a 05/2010
Jul/2010 1,0557 5,57% de 07/2009 a 06/2010
Ago/2010 1,0520 5,20% de 08/2009 a 07/2010

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