sexta-feira, 29 de julho de 2011

Brasil Brokers compra 55% de imobiliária que atua em Campinas

Valor da aquisição é estimado em R$ 8,8 milhões


A Brasil Brokers anunciou na terça-feira (26) a compra de 55% da imobiliária Home Hunters, que atua em Campinas, interior de São Paulo.

O valor da aquisição é estimado em R$ 8,8 milhões, sendo R$ 3,1 milhões em valor inicial e o saldo restante em três parcelas anuais atreladas a futuros resultados.

A operação ainda será apreciada em assembléia pelos acionistas, que terão direito de deixar a empresa caso discordem do negócio. Para os dissidentes, a Brasil Brokers dará reembolso de R$ 3,35 por ação.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

IGP-M de Julho de 2011 fica em -0,12%, Reajuste aluguel fica em 8,36%

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) variou -0,12%, em julho. Em junho, o índice variou -0,18%. Em 12 meses, o IGP-M variou 8,36%. A taxa acumulada no ano é de 3,03%. O IGP-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) apresentou taxa de variação de -0,22%. No mês anterior, a taxa foi de -0,45%. O índice relativo aos Bens Finais variou 0,02%, em julho. Em junho, este grupo de produtos mostrou variação de -0,50%. Contribuiu para a aceleração o subgrupo alimentos in natura, cuja taxa de variação passou de -2,93% para -0,41%. Excluindo-se os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, o índice de Bens Finais (ex) registrou variação de 0,02%. Em junho, a taxa foi de -0,18%.

O índice referente ao grupo Bens Intermediários variou 0,16%. Em junho, a taxa foi de -0,39%. O subgrupo materiais e componentes para a manufatura registrou acréscimo em sua taxa de variação, que passou de -0,88% para 0,07%, sendo o principal responsável pela aceleração do grupo. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 0,23%, ante -0,44%, em junho.

No estágio inicial da produção, o índice de Matérias-Primas Brutas variou -1,00%, em julho. Em junho, o índice registrou variação de -0,47%. Os principais responsáveis pela desaceleração do grupo foram os itens: minério de ferro (6,86% para -1,40%), soja (em grão) (2,54% para -1,05%) e leite (in natura) (3,53% para 1,12%). Ao mesmo tempo, registraram-se acelerações em itens como: aves (-6,93% para 2,39%), cana-de-açúcar (-4,19% para -0,15%) e bovinos (-2,84% para -0,33%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apresentou variação de -0,13%, em julho. Em junho, a variação foi de -0,12%. Seis das sete classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação, com destaque para Educação, Leitura e Recreação (0,55% para -0,07%) e Alimentação (-0,81% para -0,99%). No primeiro grupo, as principais influências partiram dos itens: passagem aérea (16,92% para -7,28%) e show musical (0,62% para -2,65%). No segundo, vale mencionar os itens: hortaliças e legumes (-3,17% para -5,06%) e laticínios (1,00% para -0,32%).

Também apresentaram recuo em suas taxas de variação os grupos: Vestuário (0,83% para 0,50%), Habitação (0,45% para 0,29%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,54% para 0,40%) e Despesas Diversas (0,15% para 0,05%). Nestes grupos, os destaques foram: roupas (1,15% para 0,39%), taxa de água e esgoto residencial (0,79% para 0,00%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,95% para 0,21%) e cerveja (1,67% para -0,57%), respectivamente.

Em contrapartida, apresentou acréscimo em sua taxa de variação o grupo Transportes (-1,34% para 0,11%). Nesta classe de despesa, vale destacar o comportamento dos preços dos itens: gasolina (-3,69% para -0,27%) e álcool combustível (-13,89% para 3,29%).

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em julho, variação de 0,59%, abaixo do resultado de junho, de 1,43%. Os três grupos componentes do índice apresentaram desaceleração: Materiais e Equipamentos, de 0,42% para 0,37%, Serviços, de 0,37% para 0,25%, e Mão de Obra, de 2,46% para 0,84%.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Setor imobiliário terá índice oficial de preços

O governo prepara dois novos indicadores para acompanhar a variação dos preços dos imóveis, que nos últimos anos apresentaram valorização acima do usual. Chamado até agora de Índice de Valorização de Imóveis, o primeiro deles, reconhecido como oficial, será elaborado pelo IBGE, em parceria com os bancos. Outro convênio foi firmado entre a Caixa Econômica Federal, a Fundação Getulio Vargas (FGV) e a Abecip, que representa as instituições que operam crédito imobiliário por meio da poupança, para apurar um segundo medidor para o segmento.

A ideia surgiu da necessidade de o Banco Central (BC) acompanhar os preços de um dos setores mais importantes da economia, mas que não possui nenhum indicador. Sob recomendação do BC, a Caixa fechou acordo com a FGV para fornecer suas avaliações das moradias. Esse convênio foi recentemente ampliado, com a ajuda da Abecip, que fez um guarda-chuva, fechando contrato com todos os demais bancos associados.

Outro medidor será desenvolvido pelo IBGE, em trabalho coordenado pelo Ministério da Fazenda, para ser o índice oficial do governo. Esse indicador será mais amplo. Além de procurar parcerias com todos os bancos, o IBGE vai usar seu conhecimento para fazer pesquisas de mercado. A FGV vai trabalhar apenas com a avaliação feita pelos bancos. A fundação montou um modelo em que os bancos, via Abecip, fornecem os laudos de avaliação feitos para contratos de financiamento imobiliário e a FGV constrói o índice.

Teotonio Costa Rezende, diretor-executivo da Caixa, explica que é importante ter dois índices até para efeito de comparação. "Se os dois começarem a se distanciar demais, das duas uma: ou um está errado, ou os dois estão errados."

Segundo Rezende, esse é um trabalho complexo e os primeiros resultados devem ser conhecidos apenas no fim do ano. "Sendo muito otimista, talvez em dezembro tenhamos algo mais concreto." (ValorEconomico)
 
fonte:gestor imobiliário

quarta-feira, 20 de julho de 2011

IGP-M, que reajusta o aluguel, cai 0,21% na segunda prévia de julho

SÃO PAULO - O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), utilizado para reajustar contratos de aluguéis, caiu 0,21% na segunda prévia de julho, mesma taxa apurada na segunda prévia de junho, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta terça-feira. O segundo decêndio do IGP-M compreende o intervalo entre os dias 21 do mês anterior e 10 do mês de referência.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) recuou 0,38%, contra queda de 0,54% antes na segunda prévia de junho.
O IPA agrícola desacelerou a queda de 2,47% para 1,27%, enquanto o IPA industrial passou de alta de 0,16% na segunda prévia de junho para baixa de 0,07% agora.
As principais baixas individuais de preços no atacado foram de soja em grão, café em grão, minério de ferro, laranja e algodão em caroço.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) caiu 0,11% na segunda prévia de julho, ante variação negativa de 0,15% na de junho.
As maiores quedas de custos no varejo foram de tomate, laranja-pera, manga, gasolina e cenoura. Os preços do grupo Alimentação declinaram 0,85% agora contra 0,81% antes. Já os de Transportes diminuíram o recuo, de 1,33% para 0,02%.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) avançou 0,63%, comparado à elevação anterior de 1,82%.

fonte:oglobo.com

DF - 3º Mercado de Luxo do País mansão custa até R$ 17 milhões

Segundo Secovi, m² em região da capital só perde para bairros do Rio.

Pedidos de clientes incluem sobrevoo de helicóptero aos imóveis à venda.

Casa à venda na QL 10 do Lago Sul por R$ 13 milhões (Foto: Divulgação/ Ação Dall’Oca)Casa à venda na QL 10 do Lago Sul por R$
13 milhões (Foto: Divulgação)
No Lago Sul, região nobre da capital federal, uma fatia especial do mercado imobiliário movimenta milhões de reais a cada negócio fechado. No local, onde moram políticos do alto escalão nacional e donos de grandes empresas, as mansões são vendidas por valores que variam entre R$ 8 milhões e R$ 17 milhões.
Os clientes desse segmento do mercado são exigentes – já houve pedido de um, por exemplo, para fazer um sobrevoo de helicóptero sobre a propriedade em negociação, prontamente atendido pela imobiliária.
Também não há economia com “detalhes” dos imóveis; há casas em que o piso custa US$ 1,5 mil o metro quadrado, o equivalente a R$ 2,4 mil pela cotação do dólar desta  terça-feira (12) – caso de uma mansão à venda por R$ 10 milhões no Lago Sul.
De acordo com o vice-presidente do Sindicato de Habitação do DF (Secovi), Ovídio Maia, o mercado de luxo da capital federal está entre os três mais caros do país, ultrapassando endereços reconhecidos nacionalmente pelo status e alto preços.
Entre os compradores de imóveis nessa faixa de preço estão as embaixadas. Países africanos costumam se interessar pela suntuosidade, ajudando a manter preços altos, diz o empresário Daniel Dall’Oca, dono de uma imobiliária especializada em imóveis de alto padrão.



“Em termos de mercado de luxo, temos o terceiro metro quadrado mais caro do país, atrás de Ipanema e da Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro. Essa fatia de mercado de Brasília já ultrapassa o bairro dos Jardins, em São Paulo”, indica Maia.
“As embaixadas acabam inflacionando os preços. É mais fácil para um país pagar R$ 10 milhões em um imóvel do que uma pessoa física.” Na sua carteira de clientes, ele tem políticos com mandato, ex-governantes e empresários de Brasília e São Paulo.
Um dos destaques da imobiliária é uma casa da QL 10 do Lago Sul, com 990 m² de área construída, anunciada por R$ 13 milhões. O imóvel, vizinho ao Lago Paranoá, tem área verde de aproximadamente 8.000 m².
Um enorme hall de entrada, com pé direito alto, é o cartão de visitas da mansão, que conta ainda com cinco suítes, escritório, home-theater, salão de jogos, academia, churrasqueira, piscina, garagem coberta, dois quartos para empregadas e um para motorista.
Casa à venda na QL 8 do Lago Sul por R$ 10 milhões (Foto: Divulgação/ Ação Dall’Oca)Casa à venda na QL 8 do Lago Sul por
R$ 10 milhões (Fotos: Divulgação)
Entre os detalhes de requinte estão ar-condicionado em todos os ambientes, elevador, aquecimento solar, sistema de irrigação no jardim, sistema de alarme com sensor de presença ao longo de todo o terreno e deck para embarcações e lazer no lago.
Na casa de R$ 10 milhões da QL 8 à venda pela empresa, o projeto arquitetônico moderno é o que mais chama atenção. O imóvel tem 1.200 m² de área construída e cerca de 3.000 m² de área verde.
São cinco suítes, entre elas a máster, com uma extensa varanda com vista para o jardim, dois closets, dois banheiros, minicopa e rouparia. O imóvel conta ainda com sala de jantar, copa, cozinha, home-theater e academia integrada com amplas varandas, sauna, banheiro masculino e feminino. Piscina e churrasqueira também fazem parte da área de lazer.
O imóvel possui ar-condicionado em todos os ambientes, elevador, sistema de alarme, aquecimento solar, sistema de irrigação para o jardim e área de desembarque para visitantes. Um detalhe que dá a dimensão do requinte do acabamento: o piso colocado na casa custa US$ 1,6 mil o metro quadrado.
Para atuar num setor que movimenta tantos zeros, Dall’Oca conta que estratégia de divulgação é diferenciada, sem muita publicidade. “Em alguns casos, a imobiliária vai até os possíveis clientes e faz a oferta. A nossa rede social é fundamental para o negócio”, afirma o empresário.
Atender a pedidos especiais também está dentro do roteiro da imobiliária. “Um cliente já pediu para sobrevoarmos um terreno de helicóptero. Nós fizemos. Também é comum eu viajar a São Paulo apenas para que clientes possam assinar contratos”, disse.
Segundo ele, duas coisas contam muito na hora de calcular o valor dos imóveis de alto padrão: a localização e os itens de acabamento de luxo. Morar numa ponta de picolé, como são chamados os terrenos que têm o Lago Paranoá como vizinho, é sinônimo de prestígio.
Mapa da prestigiada Península dos Ministros, no Lago Sul. (Foto: Reprodução/Google Maps)Mapa da prestigiada Península dos Ministros
(Foto: Reprodução)
Se a ponta de picolé for na QL 12, também conhecida como Península dos Ministros, esse prestígio aumenta tanto quanto o valor do imóvel. A propriedade mais cara atualmente em negociação na Ação Dall’Oca é uma ponta de picolé nessa quadra. Para vender o terreno de 6 mil metros quadrados com acesso ao lago, casa construída há mais de 20 anos e precisando de reforma, a dona pede R$ 17 milhões.
Na QL 12, que tem guarita de entrada e é vizinha a uma das pontes que dá acesso ao Lago Sul, os aluguéis podem alcançar R$ 65 mil ao mês. Com posições semelhantes e sem qualquer construção, terrenos negociados por R$ 1,8 milhão em outras quadras do Lago Sul chegam a R$ 4,2 milhões na QL 12. Com pouca oferta tanto para aluguel quanto para compra, a Península dos Ministros é sinônimo de status.
A Península dos Ministros tem 209 casas construídas e a vizinhança inclui nomes como Nenê Constantino, fundador da empresa de aviação GOL, o senador Renan Calheiros, os presidentes da Câmara e do Senado e grandes empresários.  (Foto: Rafaela Céo/G1)A Península dos Ministros tem 209 casas construídas e a vizinhança inclui nomes como Nenê Constantino, fundador da empresa de aviação GOL, o senador Renan Calheiros, os presidentes da Câmara e do Senado e grandes empresários. (Fotos: Rafaela Céo/G1)
O local tem 209 casas construídas e a vizinhança inclui nomes como Nenê Constantino, fundador da empresa de aviação Gol, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), os presidentes da Câmara, Marco Maia (PT-RS) e do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e grandes empresários.
Imóvel recém-vendido pelo valor de R$ 4 milhões, no Setor de Mansões Dom Bosco, tem cinco suítes e quatro salas. Na área de lazer, hidromassagem, playground, churrasqueira, piscina, salão de festa e sauna. (Foto: Divulgação/ Ação Dall’Oca)Imóvel recém-vendido pelo valor de R$ 4 milhões,
no Setor de Mansões Dom Bosco, tem cinco suítes
e quatro salas. Na área de lazer, hidromassagem,
playground, churrasqueira, piscina, salão de festa e
sauna. (Foto: Divulgação)
Diante dos altos preços e da oferta restrita nas melhores quadras do Lago Sul, uma opção de moradia de alto padrão são os condomínios do Setor de Mansões Dom Bosco, região do Lago Sul que concentra grande quantidade de novas construções.
Apartamentos
De um lado, apartamentos de dois e três quartos com o metro quadrado saindo por cerca de R$ 3 mil. Do outro, o metro quadrado, para o mesmo tipo de imóvel, passando dos R$ 8 mil. A disparidade indicada pelos dados do Sindicato da Habitação do DF (Secovi) é o retrato do mercado imobiliário do Distrito Federal.
A distância física que separa essas realidades é pequena. De Brasília, onde os imóveis de dois quartos custam em média R$ 570 mil, para o Gama, onde o mesmo tipo de apartamento é vendido por cerca de R$ 170 mil – uma diferença de 235% –, são apenas 30 quilômetros.
Os preços são parecidos quando comparado um imóvel do mesmo padrão entre o Plano Piloto e o Núcleo Bandeirante, a 13 quilômetros do centro da capital. No Núcleo, um apartamento de dois quartos custa em média R$ 173 mil, segundo levantamento realizado pela Econsult Consultoria Econômica para o Secovi-DF.
No Plano Piloto, o metro quadrado dos apartamentos de quatro dormitórios custa a partir de R$ 7 mil. Na Asa Sul e Sudoeste são encontrados os maiores preços: R$ 10.488 e R$ 9.324, respectivamente.(G1)

Oferecimento


terça-feira, 19 de julho de 2011

Investir em imóveis: veja cuidados a tomar na hora de contratar um corretor

A aquisição de imóveis tem se mostrado cada vez mais uma boa opção para aqueles que buscam um investimento seguro, o qual proporciona um ganho financeiro com valorização no médio e longo prazos.

Porém, assim como com qualquer tipo de investimento, é preciso tomar alguns cuidados e conhecer o ramo no qual vai aplicar seu dinheiro. Entre alguns desses cuidados, estão a postura das incorporadoras, o prazo das construtoras, os imóveis comprados na planta para serem alienados por valores vertiginosos após a conclusão da obra, a atuação das imobiliárias e a qualidade dos corretores de imóveis.

“A pessoa que procura um corretor não quer ter dores de cabeça nem nenhum contato com o processo da compra”, lembra o presidente do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo), José Augusto Viana Neto. Por isso, é importante contratar os serviços de uma pessoa de confiança.

Cuidados essenciais
A primeira dica para o consumidor contratar um bom profissional é buscar a indicação de amigos, familiares e pessoas do seu círculo de convívio. Caso ele não tenha nenhuma referência, basta acessar o site do Creci-SP e procurar o nome de um dos 82 mil profissionais ativos cadastrados lá.

De qualquer forma, é importante o consumidor conferir a carteira de regularidade do corretor emitida pela entidade. Para isso, ele precisa do nome completo do profissional ou do número referente à carteira.

Com essas informações em mãos, ele acessa o portal www.crecisp.gov.br e faz uma pesquisa sobre a situação do corretor. “Lá tem todas as informações: se a pessoa faleceu, se está suspenso ou se o vínculo foi cancelado a pedido dele ou por ordem administrativa”, esclarece Viana Neto.

Comunicabilidade e atualização
O presidente do Creci-SP avalia que uma das mais importantes características que um corretor precisa ter é a comunicabilidade. “Ele conversa com muitas pessoas, e é uma atividade que depende da confiança do cliente”, diz.

Além disso, ele ainda precisa ter um conhecimento técnico profundo e estar sempre atualizado em relação à legislação e novas metodologias.

A advogada da Lex Magister, Renata Cassiano Capuzzo, por sua vez, destaca como características essenciais do corretor a confiabilidade, responsabilidade, segurança e empatia.

“Todo bom corretor deve estudar, com muita cautela, os imóveis que serão oferecidos. Essa iniciativa, além de aumentar o número de efetivação dos negócios, transmite segurança aos clientes”, diz Renata.

Mais dicas
Assim como em qualquer ramo de atividade, no universo dos corretores existem pessoas que agem de má-fé.

Por isso, a advogada especialista em Direito Imobiliário alerta: “Inteire-se sobre o valor dos imóveis da sua região preterida e se efetivamente o reajuste de parcelas caberá no seu bolso”, aponta Renata. “Atenção também para as expectativas de rentabilidade futura, e tenha cautela, porque os preços atuais do mercado já estão bastante altos”. (infomoney)
 
fonte:gestor-imobiliario.blogspot.com

Investimentos para pré-sal devem aumentar em Santos

Em julho de 2006, a Petrobras anunciou a descoberta de petróleo na chamada camada do pré-sal da Bacia de Santos. A partir do anúncio da estatal, a Baixada Santista começou a receber uma série de investimentos, que impulsionaram o mercado imobiliário da região.

Desde a descoberta do pré-sal, o preço dos imóveis em Santos e outras cidades da Baixada Santista quase dobrou, segundo o Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP). Estudo divulgado pela entidade aponta que o preço médio do metro quadrado de um imóvel residencial de um dormitório, por exemplo, passou de R$ 2.602 para R$ 5.182 de agosto de 2006 a abril de 2011.

Imoveis em Santos
Prédio na Ponta da Praia em Santos

A quantidade de imóveis vendidos também aumentou de forma expressiva. Em agosto de 2006, 162 imóveis de três quartos haviam sido negociados na Baixada Santista. Em abril deste ano, foram comercializados 540 imóveis desse tipo, quase 3,5 vezes mais.

Aumento


Consultor do Secovi-SP e um dos autores do estudo, Robert Zarif aponta o pré-sal como o principal motivo do aumento das vendas de imóveis na Baixada Santista. "O mercado está aquecido. Aonde a Petrobras chega há um ciclo de crescimento imobiliário. Ela está chegando a Santos."

Segundo o consultor, todos os tipos de imóveis são vendidos com facilidade atualmente na Baixada Santista. Desde salas comerciais a apartamentos de alto padrão. Por isso, o aumento do número de unidades vendidas e do preço não o surpreende. "Há lugares em que o preço aumentou mais.".

Zarif afirmou, contudo, que o crescimento do mercado imobiliário da Baixada Santista está longe de atingir seu pico. Nos próximos dez anos, pelo menos, os investimentos para extração do petróleo do pré-sal devem aumentar. Isso também deve alavancar a venda e os preços dos imóveis.

fonte:blogdemercado.lopes.com.br

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Construção civil tem inflação menor em junho


O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) registrou uma inflação de 0,60% em junho deste ano, taxa inferior às registradas em maio (1,50%) e junho de 2010 (0,66%). O dado foi divulgado hoje (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O custo nacional da construção passou de R$ 790,90 por metro quadrado em maio para R$ 795,64 por metro quadrado em junho. O custo relativo aos materiais aumentou 0,17% em junho, atingindo R$ 440,81 por metro quadrado. Já o custo da mão de obra teve alta de 1,14% em junho, alcançando R$ 354,83 por metro quadrado.

A maior alta do Sinapi foi registradano estado de Mato Grosso, que teve uma inflação de 5,26%. Já a menor taxa foi observada em Roraima (0,01%).

Fonte: Agência Brasil

Mercado imobiliário em Miami: É um bom investimento comprar imóveis em Miami?

Com o Real mantendo desde 2004 sua força frente ao Dólar estadunidense, cada vez mais brasileiros se organizam para visitar os EUA. Em 2010, mais de 1,2 milhão de brasileiros visitaram o país, injetando US$5,9 bilhões naquela economia. A embaixada e os consulados dos EUA se esforçam para atender a crescente demanda, contratando pessoal, ampliando horários de atendimento e fazendo plantões em finais de semana.
Hoje, viajar para os EUA custa às vezes mais barato do que se aventurar dentro do Brasil, tendo em vista o custo reduzido das passagens aéreas, aluguéis de automóveis, gasolina, sem falar nas diversas mercadorias como óculos, relógios, calçados, roupas de grife, material esportivo, eletrônicos e perfumes que custam de metade até um quinto do preço do encontrado nos shopping centers brasileiros. Ou seja, uma sessão de compras em Orlando ou Miami já compensa facilmente o investimento feito em passagens e hospedagem, fora a viagem em si, que, para a maioria, não se restringe a compras.

Visando criar bases em território americano, um público mais restrito de brasileiros de alta renda tem investido fortemente no mercado imobiliário, comprando casas e apartamentos de valores que variam de US$ 100 mil a US$ 5 milhões, como noticiado amplamente nos principais jornais e canais de TV, especialmente em Miami e outras cidades da Flórida, onde se fala amplamente espanhol – ou mesmo portunhol. Em doze meses considerados entre 2010-2011, a Associação de Corretores de Imóveis da Flórida informa que os brasileiros foram o terceiro mais significativo grupo de estrangeiros a investir em Miami, tendo comprado 9% dos imóveis vendidos, ficando atrás apenas de venezuelanos (que investem também para se proteger de um país altamente instável politicamente) e canadenses. Segundo a Bloomberg , brasileiros compraram mais de 50% dos imóveis acima de US$500 mil em Downtown Miami e quase metade dos acima de US$ 1 milhão em Miami Beach.

Fica no ar a pergunta: É um bom investimento comprar imóveis em Miami?

Após a crise financeira de 2008, que teve como principal propulsor os créditos de risco do segmento imobiliário, os imóveis que estavam com preços inflados se encontram com descontos (deságios) de cerca de 30% em relação à máxima histórica observada em 2006, segundo o S&P/Case-Shiller Home Price Indexes, índice que mede a variação dos preços dos imóveis em 20 grandes cidades americanas. As quedas são mais significativas em Phoenix, Miami e Detroit. San Francisco e Nova Iorque ainda mantêm preços elevados. O criador do índice supracitado, Robert Shiller, acredita que os preços podem cair ainda mais.

Pontos a se considerar:

a) Nos EUA, as taxas de juros estão em torno de 5% ao ano para financiamento imobiliário, enquanto no Brasil em cerca de 11%. Uma aplicação financeira conservadora gerou retornos de aproximadamente 10% ao ano no Brasil em 2010. Por exemplo: Fundo DI Private-Banco do Brasil (9,82%), Votorantim Banks Crédito Privado (10,75%), Bradesco Private Crédito Rating (9,95%) e XP Investor Crédito Privado (10,68%). Neste sentido, compensa-se tomar um empréstimo (dando normalmente 30% de entrada do pagamento) nos EUA e deixar o dinheiro aplicado no Brasil.

b) Com a economia ainda evoluindo abaixo do esperado, é provável que os preços dos imóveis reajustados para baixo permanecerão neste mesmo patamar nos próximos anos, ou seja, não se observará o que se viu no Brasil em 2010, com a valorização de 25% em um ano em imóveis de várias cidades (revista Exame-18/05/2011). A verdade é que há uma enorme demanda reprimida no Brasil e ainda pouco crédito disponível (5% do PIB), frente a outros países. Apesar da alta, na média, os preços no Brasil se adequaram a patamares internacionais. Pela pesquisa anual do Global Property Guide, entre 94 países pesquisados, o Brasil ocupa a 65° posição em termos de preços.

c) A perspectiva de desvalorização do Real frente ao Dólar, pelo menos até o final de 2012, apontada por projeções, não deverá sofrer mudanças significativas. Ou seja, as oscilações serão muito pequenas (perto de 5%). Assim, um ganho ou uma perda cambial são pouco prováveis.

d) O imposto sobre propriedades na cidade de Miami (2% ao ano) acaba sendo um custo indireto significativo na manutenção do mesmo (muitas vezes não considerado pelo comprador). A cifra (2%) também incide na transferência de imóveis (o nosso ITBI).

e) Retorno sobre aluguéis residenciais manterão os mesmos padrões vistos no Brasil, ao redor de 0,5% ao mês. Segundo a consultoria Trulia, Miami é uma cidade onde se compensa mais comprar um imóvel do que alugar, se considerando uma permanência de médio prazo. Outros fatores, no entanto, podem levar a uma busca maior por aluguéis, como pessoas sem limite de crédito para novos financiamentos, os que se sentem ainda inseguros sobre o futuro da economia para fazer um novo investimento com baixa liquidez, entre outros motivos.
f) Os novos empreendimentos em Miami hoje são arranha-céus com mais de 70 andares. Neles, em um único prédio encontram-se configurações diversas (5 por andar, 4 por andar, 2 por andar, duplex com dois por andar, duplex com 3 por andar, etc). Desta forma, seu vizinho de prédio, que também frequenta as cinematográficas áreas comuns e de lazer, pode ter pago até 10 vezes mais para morar no mesmo endereço.

g) Os corretores de imóveis e imobiliárias na Flórida recebem comissões no mesmo patamar de seus pares no Brasil. No entanto, uma busca simples no Google por “imóveis em Miami” gera mais de 1,2 milhões de resultados, ou seja, há uma oferta tão grande de prestadores de serviços (e de imóveis disponíveis) que achar o melhor consultor e o melhor empreendimento certamente é uma tarefa bastante dispendiosa.

h) Alguns edifícios têm um padrão de qualidade, acabamento e sofisticação tão elevados que se torna difícil compará-los com imóveis brasileiros. No entanto, de forma geral, os preços do metro quadrado em Miami são mais baixos que em São Paulo (capital financeira do Brasil, com donos de grandes empresas e altos-executivos com elevadíssimo poder de compra) e próximos aos encontrados em Brasília (maior renda per capita do Brasil, com forte classe média), vide tabela abaixo.

Preços de Imóveis – Junho 2011- Brasília, Miami e São Paulo

CidadeBairroEdifícioPadrãoMetragem(m2 )Preço do m2
BrasíliaSudoeste*Via MonumentalAlto395R$ 9 mil
BrasíliaNoroeste*LuanaAlto360R$ 10,5 mil
BrasíliaGuaráAlirio NetoMédio87R$ 6,4 mil
BrasíliaÁguas ClarasVive la VieMédio90R$ 5 mil
MiamiSunny IsleJade OceanAltíssimo264R$ 8,1 mil
MiamiDowntownMarquisAltíssimo353R$ 10,4 mil
MiamiBrickellIcon BrickellAlto173 R$ 7,6 mil
MiamiBrickellAV # 709Médio-alto74R$ 5,2 mil
São PauloJardim Europa106  SeridóAltíssimo405R$ 18 mil
São PauloJardim PanoramaParque Cidade JardimAlto301R$ 12,7 mil
São PauloSantanaN.D.Médio72R$ 4,9 mil
São PauloVila MarianaN.D.Médio75R$ 5 mil
Fonte:  Vendedores autorizados/Wimoveis/buscaimoveis (2011)

N.D.= Não disponível
* Vale ressaltar ao leitor que, por imposição do projeto urbanístico de Brasília, os prédios residenciais nestas duas áreas nobres de Brasília são limitadas a 6 andares, o que limita consideravelmente a oferta de imóveis. Nos bairros de Águas Claras (que já foi o maior canteiro de obras do mundo) e no Guará, não há esta limitação legal.  O Distrito Federal tem a menor proporção da população com imóvel próprio, 59%, enquanto a média nacional é de 70%.

Conclui-se que investir em Miami justifica-se especialmente na ótica do puro usufruto do imóvel e na de aproveitar as várias opções de compras, gastronomia, lazer, cultura, arquitetura e natureza da cidade em si.

O investidor strictu sensu, que visa comprar na baixa e vender na alta, não terá uma boa alternativa de diversificação de investimentos se mirar uma futura valorização.

Devem ser analisados com ressalvas e cuidado, os diversos textos disponíveis em sites repletos de pareceres parciais de interessados na comercialização dos mesmos. No entanto, a relação custo-benefício em Miami (englobando Miami Beach, Aventura, Miami-Dade, etc) supera sem dúvidas as alternativas disponíveis nas principais cidades brasileiras.

* 1. Brazilians Buy Miami Condos at Bargain Prices as Real Gains 45%. John Gittelsohn and Jose Sergio Osse – Jun 21, 2011

fonte:www.portalvgv.com.br, postado por Marcelo Sicoli

Pequenos construtores elegem os próprios bairros para erguer seu negócio

O engenheiro Mário Lúcio Ferreira Júnior mostra a região do Jaraguá, onde nasceu, cresceu e investiu (Paulo Henrique Lobato)O engenheiro Mário Lúcio Ferreira Júnior, sócio da Londres Construções e Incorporações Ltda., ganha a vida erguendo prédios no Jaraguá, onde nasceu e foi criado, e região. Neste ano, espera que sua empresa, de pequeno porte, fature 40% a mais do que em 2010. Já Ricardo Catão tem carinho especial pelo bucólico Santa Tereza, local em que reside há quatro décadas, e pelos tradicionais Floresta e Sagrada Família, todos do lado leste da capital, área em que sua firma, a RC Engenharia e Comércio Ltda., também de pequeno porte, levantou 80% dos imóveis construídos pela empresa. Em 2011, prevê faturar 50% a mais. Os percentuais mostram que vínculos afetivos por regiões específicas possibilitam que pequenos construtores se destaquem no concorrido mercado.

O segredo do sucesso, claro, não depende apenas do apego à região. Pelo menos outros dois indicadores favorecem o mercado. Um deles é o aumento do poder aquisitivo das famílias brasileiras. Estatística da Fundação Getulio Vargas (FGV) conclui que 29 milhões de pessoas migraram para a classe C, cuja renda residencial oscilava de R$ 1.126 a R$ 4.854, entre 2003 e 2009. Outro é a expansão do crédito nos últimos anos. Números da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) mostram que os ativos das cerca de 1,4 mil sociedades de crédito do país subiram 30% entre 2009 e 2010, de R$ 52,8 bilhões para R$ 68,7 bilhões, devendo manter o mesmo ritmo em 2011, quando poderá alcançar R$ 88 bilhões.

O bom desempenho da economia se reflete no boom imobiliário. A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) estima que o setor nacional deve crescer 6% este ano. Para se ter ideia, o Produto Interno Bruto (PIB) da construção civil no primeiro trimestre deste ano foi 2% maior do que o do acumulado dos últimos três meses de 2010. O percentual superou o avanço do PIB nacional – o indicador mede a soma de todas as riquezas do Brasil – em igual intervalo: aumento de 1,3%. As entidades do setor não têm estatísticas acerca do faturamento apenas das pequenas e médias empresas em BH, mas quem atua no mercado ressalta a importância do vínculo com a região em que atuam.
“O fato de trabalharmos (apenas) no Jaraguá, Dona Clara e bairros da região facilita acordos com fornecedores e clientes”, afirma Mário Lúcio, formado em engenharia, em 1992, pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Dois anos depois, na companhia do pai, “seu” Mário, e do irmão, Marcus Vinícius Ferreira, montou a Londres. O primeiro empreendimento da família teve quatro apartamentos. Atualmente, erguem prédios com oito ou 16 unidades.
“São apartamentos de três ou quatro quartos. O preço médio do metro quadrado é de R$ 4 mil. Nosso orgulho, além de atuarmos na região, é não atrasarmos a obra. Conhecer bem a clientela facilita muito. De três anos para cá, vendemos todos os imóveis antes mesmo de terminarmos os edifícios”, disse Marcus. Saudosistas, os irmãos se recordam da infância no Jaraguá. “Dá saudade”, diz Mário. “Muita coisa mudou. Desde 1994, finalizamos ou ainda estamos erguendo cerca de 30 prédios”, afirma o engenheiro enquanto observa, da cobertura do condomínio Londres, a vista da região.
AFINIDADE
Distante dali, no lado leste da capital, cinco obras em execução na Sagrada Família e uma na Floresta reforçam o carinho que o dono da RC Engenharia e Comércio Ltda. tem por aquelas bandas de BH. “Estou há 20 anos no mercado. Moro no Santa Tereza há cerca de 40 anos e escolhi a Região Leste (para construção de imóveis) porque conheço bem (a área). Digo que 80% dos 40 imóveis que erguemos foram levantados nela. É uma região excelente, próxima ao Centro, à Savassi…”.Construtor individual, “seu” João (nome fictício), que prefere manter a identidade em sigilo, planeja faturar em 2011 até 35% a mais do que em 2010. O segredo, ressalta, é atuar na área em que mora há quase 20 anos. “Resido no Dona Clara e construo imóveis no Liberdade e no São José. Entreguei, em duas décadas de mercado, 10 edifícios. A região mudou bastante de lá para cá”.
Pequenas empresas que apostam em regiões específicas, porém, podem sofrer com a supervalorização de terrenos. Diante do desafio, algumas são obrigadas a migrar para outros cantos. “Há lotes em que o dono acha que tem um poço de petróleo. No início, fizemos três prédios no Esplanada. Saímos de lá porque faltam lotes. Atualmente, estamos nos bairros Serra e São Lucas (ambos na Centro-Sul)”, diz Hélio Barbosa, dono da CMB, há 29 anos no mercado e cujo faturamento deve crescer 15% em 2011.(uai-ESTAMINAS)
 
fonte:gestor-imobiliario.blogspot.com

sexta-feira, 15 de julho de 2011

"Teremos o melhor ano de crédito imobiliário da história do país"

Entrevista concedida pelo presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, ao jornal Zero Hora, em 12/7


Jorge Hereda - Presidente da CEF
Natural de Salvador e arquiteto por formação, o presidente da Caixa, Jorge Hereda, pretende passar à história como o avalista do maior volume de recursos já emprestados no país para a compra de imóveis - cerca de R$ 90 bilhões, pela projeção da Caixa, para financiar 1,38 milhão de moradias. Fala mansa e bem informado, Hereda rechaçou ontem, em Porto Alegre, em entrevista a ZH, a perspectiva de que pode faltar dinheiro para habitação a partir de 2013.

Mas advertiu que o custo do financiamento pode aumentar, especialmente com a entrada de modalidades de crédito que se descolem da poupança e do FGTS.

Disse não temer a inadimplência dos mutuários e o risco de uma bolha imobiliária no país, a exemplo do que ocorreu nos Estados Unidos entre 2007 e 2008.

- Aqui não há a mesma irresponsabilidade. Aqui nós damos crédito a quem não pode pagar graças ao subsídio do governo - disse.
Zero Hora - As novas regras que integram o programa Minha Casa Minha Vida 2, como o subsídio para famílias de baixa renda, dão mais segurança ao sistema financeiro da habitação?

Jorge Hereda - Sim. Se você tiver de fazer crédito para uma parcela da população que não pode pagar 100% desse crédito, num momento em que há um boom imobiliário, imagine o risco que as instituições financeiras poderiam correr se não houvesse subsídio. O importante é que famílias com renda mais baixa, menos de três salários mínimos (cerca de R$ 1, 6 mil mensais), têm uma carga de subsídio grande, são 100% financiadas com recursos da União. Na fase 2 do Minha Casa, Minha Vida, a faixa de renda de zero a três mínimos vai se elevar a 60% do programa - algo como 1,2 milhão de moradias até 2014.

ZH - A demanda em alta e a facilidade de crédito sugerem uma bolha imobiliária?

Hereda - A segurança do sistema passa pela qualidade do nosso crédito. Não há aqui a mesma irresponsabilidade que se viu nos Estados Unidos, em que se deu crédito para quem não podia pagar. Nós damos crédito a quem não pode pagar graças ao subsídio do governo. Os imóveis ficaram depreciados muitos anos aqui no Brasil, por falta de financiamento. É natural que se recupere esse valor. Mas o preço de venda não está acompanhando a valorização ideal do imóvel, que é aquele que o dono pede quando quer vender. Ainda não podemos dizer que temos uma bolha. Nem que vamos ter.

ZH - Quanto podemos crescer?

Hereda - A participação do crédito imobiliário no PIB brasileiro é de apenas 4%. O Chile tem 15%, o México tem de 10% a 12%. E nós não temos esse funding todo disponível aqui no Brasil. Na maioria dos países, os recursos para financiar habitação saem da tesouraria dos bancos porque o juro é mais baixo. Aqui, quem financia são os recursos do FGTS e a captação de poupança. A Caixa não vai ter 75% do crédito imobiliário do país a vida inteira, isso é anomalia. Não existe política habitacional com apenas um agente financeiro em nenhum lugar. A gente tem muito o que caminhar.

ZH - Há risco de secarem as torneiras, como têm advertido alguns bancos privados?

Hereda - Não é bem assim. O problema é que os bancos privados não estão atuando com o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), apesar de terem acesso legal a ele. No SBPE, é verdade: você tem um crescimento da poupança de cerca de 20% ao ano e do crédito de mais de 50%. É natural que desequilibre. Mas não vamos deixar de ter poupança para fazer crédito. Num determinado momento você pode não ter capacidade de crescer. E esse crescimento pode cair. O que dizem é que seria 2013. A gente (Caixa) está resolvido até o final de 2012.

ZH - Esse desequilíbrio pode significar uma ameaça ao sistema?

Hereda - Temos demanda e precisamos resolver. Isso passa por securitização de carteira até a proposta dos covered bond (títulos lastreados em contratos de crédito imobiliário). Sempre há possibilidade de fazer um mix com recursos da poupança, então não tem essa de que em 2013 não terá mais dinheiro para fazer frente ao financiamento. Agora, pode ter de aumentar o juro do financiamento em função do custo desses fundings. É uma tendência.

ZH - O senhor está otimista com relação a 2011?

Hereda - Tenho certeza de que teremos o melhor ano de crédito imobiliário da história do país, com um volume superior a R$ 90 bilhões em financiamentos. No ano passado, financiamos 1,2 milhão de moradias com R$ 78 bilhões. Vamos passar disso este ano.

ZH - Esse cenário de fartura de crédito combinado com déficit habitacional preocupa?

Hereda - Sem dúvida. E não só à Caixa, mas também ao Banco Central, ao governo como um todo. É apenas um receio. Na Caixa, no crédito imobiliário, não houve aumento significativo de inadimplência. Temos alguma coisa em torno de 2%, um comportamento historicamente observado.

ZH - A fuga de recursos da poupança é outro fator de risco à manutenção do volume de financiamentos?

Hereda - De fato, o mercado perdeu R$ 3 bilhões em poupança no primeiro semestre do ano. Mas a Caixa ganhou mais de R$ 2 bilhões. Somos exceção. Só em junho captamos um R$ 1 bilhão. A meta do ano é de R$ 15 bilhões em captação. Vamos correr atrás. Se não fizer isso, como vamos contratar no mercado imobiliário?

fonte:www.cvidf.com.br

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